
O assassinato brutal de ‘Bazooka’ Rhadebe: quatro anos depois, ainda não foi feita justiça!
Comité de Crise d’Amadiba - Xolobeni, Eastern Cape, Afrique du Sud
No dia 22 de Março de 2016, Sikhosiphi ‘Bazooka’ Rhadebe, de 51 anos, o presidente da Comissão de Crise Amadiba (ACC), foi assassinado fora da sua casa, em Lurholweni, Mbizana, por dois homens que diziam ser da polícia. Este foi o culminar de anos de ameaças de morte e de intimidação pela sua liderança na estrutura comunitária da ACC, a qual, desde 2007 que contesta os esforços da Transworld, a subsidiária local da Australiana Mineral Commodities (MRC), para explorar titânio nas suas terras.
Bazooka levou oito tiros no seu quintal, enquanto o seu filho de 15 anos escondia-se em baixo da sua cama. No dia anterior à sua morte, um compatriota seu do ACC, Nonhle Mbuthuma, o avisara que tinha visto uma lista negra de membros da ACC, e que o seu nome constava no topo. As represálias continuam e, em Novembro de 2020, Nonhle sofre uma nova ronda de ameaças de morte.
A ACC defende a terra, os meios de sustento e a herança cultural de centenas de famílias na zona de Umgungundlovu, no Cabo Oriental, África do Sul. Foi nesta terra em que ocorreu a terrível revolta de Pondoland, onde amaMpondo, desafiante, recusou-se a prostrar-se às tentativas dos colonizadores de exercerem controlo sobre o seu povo e sobre a sua terra.
Situated on a magnificent coastline, the opens in a new windowtitanium rich area has been the site of much contention between the local communities fighting for the right to say NO to mining on their land and the MRC, with the support of the Department of Mineral Resources, the Premier of the opens in a new windowEastern Cape, and some members of the community who have been bribed and persuaded to support the mining project.
Por 13 anos esta comunidade, com a liderança da ACC, protegeu a sua terra e o seu modo de vida em aliança com outros movimentos, ONGs solidárias e ambientalistas. Num julgamento marcante, a 14 de Setembro de 2020, O Tribunal Supremo de Gauteng Norte decidiu que a comunidade de Xolobeni tem o direito, de acordo com a leis costumeiras, de dar ou recusar o consentimento à realização de projectos de desenvolvimento na sua terra O Departamento de Recursos Minerais recorreu da decisão.
Cerca de quatro anos depois, a família e amigos do Camarada Bazooka ainda não sabem quem o assassinou e porquê, e até hoje, ninguém foi responsabilizado. As investigações privadas realizadas não conseguiram trazer respostas. No espaço de uma semana, em Novembro de 2020, Sibusiso Mqadi, o presidente da ACC, de 35 anos de idade, morreu em circunstâncias misteriosas, e Nonhle Mbuthuma voltou a receber ameaças de morte. A defesa da terra e de poder ter uma vida, naquela terra, é um assunto perigoso!
Source for image: Groundwork/John GI Clarke
Bazooka levou oito tiros no seu quintal, enquanto o seu filho de 15 anos escondia-se em baixo da sua cama. No dia anterior à sua morte, um compatriota seu do ACC, Nonhle Mbuthuma, o avisara que tinha visto uma lista negra de membros da ACC, e que o seu nome constava no topo. As represálias continuam e, em Novembro de 2020, Nonhle sofre uma nova ronda de ameaças de morte.
