Padre Vincent Machozi, que foi assassinado aos 20 de Março de 2019, foi um Padre Assuncionista Católico e activista que durante muitos anos antes do seu assassinato, documentou os abusos dos direitos humanos no leste da República Democrática do Congo (RDC) dilacerado pelo conflito. Ele deu visibilidade as atrocidades cometidas durante a guerra civil e mobilizou as pessoas afectadas para denunciarem e documentarem abusos dos direitos humanos que eles eram vítimas ou presenciavam. Ele lutava para conseguir fazer justiça para as milhares de vítimas de violência em massa. Ele tinha um website prominente, opens in a new windowBeni Luberopara armazenar e disseminar os materiais documentados. .
Durante vários anos, Machozi esteve envolvido em muitos protestos contra o comércio ilegal do coltan, um minério usado em dispositivos electrónicos. A chamada “guerra do coltan” no leste do Congo rico em minérios já deixou milhões de pessoas mortas e outros milhares empobrecidos, e levou ao estupro de opens in a new windowmais de um milhão de mulheres.
De acordo com o Rev. Emmanuel Kahindo, que é o vigário-geral baseado em Roma da ordem Assuncionista e também camarada congolês, Machozi sabia que o fim estava próximo, e em Outubro de 2015 disse-lhe: “Os meus dias estão contados. Serei assassinado, sinto isso… mas como Cristo, pelo bem do nosso povo, não ficarei em silêncio. Vou continuar a minha luta até o fim e continuar a condenar todos que semeiam divisão e ódio entre os grupos étnicos nesta região para dominar e continuar a explorar as riquezas.”
Fonte deste testemunho: Sojourners Magazine - https://sojo.net/articles/congolese-priest-fighting-coltan-mining-assassinated
“Machozi usava o site para denunciar o que ele via como consequência da colusão entre as elites políticas, as forças armadas e os interesse comerciais, processo que ele atribuiu o nome de ‘Balcanização’ da região para poder explorar os seus recursos naturais, em especial as suas ricas reservas de Coltan.” – John L. Allen
