Esther Turyahebwa

Esther
Turyahebwa

Campo de Kyigyayo - Freguesia de Muziranduuru, Sub-Condado de Kikuube, Uganda

Violação xdespejo e apropriação de terras, ameaças físicas e intimidação

Em 2015, a Esther Turyahebwa e a sua família foram despejadas das suas terras para dar lugar a uma plantação de cana-de-açúcar de uma grande açucareira, a Hoima Sugar Limited.

“The police came and forcefully and violently evicted us with guns. I ran for my dear life and I could not rescue any property. That’s how I ended up in the Kigyayo camp for internally displaced communities where I have been since. The conditions in the camp are inhuman. I live in a makeshift home with my children, we have no source of food or income. I used to make a living from the small farming I used to do – beans,  opens in a new windowcassava. All of that is now gone.  

Neste momento, estamos no tribunal a procurar justiça pela nossa terra e para obtermos a nossa compensação. Mas isto trouxe muita confusão para a nossa comunidade. Temos sido ameaçados pelos agentes da plantação. Porque me tornei muito activa, e porque conheço os meus direitos, passei a ser um alvo. O tribunal está a atrasar a resolução do caso. Em Setembro de 2020, fui ver como está a minha terra na esperança das coisas terem mudado e fui ameaçada por um dos gestores da plantação munido de um facão. Alguém da empresa disse mais tarde ao meu filho que eu sobrevivi por pouco e que ele teria cortado o meu pescoço.

A Esther e outras pessoas da sua comunidade não têm escolha se não trabalhar como ocasionais na plantação, em troco de remunerações míseras e sob péssimas condições de trabalho – sem acesso a cuidados de saúde, água potável, comida ou abrigo. A Esther continua a ser intimidada e ameaçada fisicamente por pessoas estranhas que trabalham para prejudicar o caso que a comunidade moveu no tribunal e os seus esforços contínuos para denunciarem as violações perpetradas pela plantação.

A comunidade está muito bem organizada e informada sobre os seus direitos, e exige justiça e compensação. As mulheres têm sido particularmente apoiadas e desempenham um papel de liderança na luta da comunidade.

Image: NAPE Uganda

"Eu não sabia que, como mulher, eu tinha o direito de participar nas decisões e não conhecia os meus direitos à terra, à protecção social e a um meio-ambiente saudável. Mas eu sei que tenho o direito a defender o que me pertence. [Em conjunto com a minha comunidade,] Eu tenho o poder de lutar pela minha terra.."

Father Vincent Machozi

República Democrática do Congo (RDC)

Fikile Ntshangase

Somkhele, KwaZulu-Natal, África do Sul

Leia fortes testemunhos que reflectem a experiência e a resistência de activistas e comunidades de todo o continente Africano.